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Você sabe cuidar da sua voz?



Nós utilizamos diferentes formas de comunicação: gestual, corporal e verbal. A voz é utilizada como uma importante ferramenta na comunicação e expressa grande parte da informação contida na mensagem e sobre nós.

Você sabe como a voz é produzida?


            A voz é produzida a partir da vibração das pregas vocais que estão localizadas na laringe (na região do pescoço). O ar que vem dos pulmões, ao passar pelas pregas vocais, auxilia na aproximação dessa camada de mucosa provocando a vibração que resulta na produção do som, a voz. O som é direcionado para a cavidade oral e nasal onde sofre modificações, como a amplificação e a articulação, o resultado é a voz característica de cada um. O ar funciona como combustível para a produção vocal, por isso a respiração é muito importante para a voz e para a fala. 


       Os profissionais que utilizam a voz, cantada ou falada, como instrumento de trabalho são considerados profissionais da voz, como os professores, operadores de telemarketing, atores, locutores, religiosos, vendedores, repórteres, advogados, políticos, dubladores, dentre outros. É fundamental que esses profissionais conheçam a sua voz e cuidem dela para evitar alterações.

              

            O fonoaudiólogo e o otorrinolaringologista auxiliam os profissionais da voz nos cuidados necessários, realizando a avaliação, o tratamento e o aperfeiçoamento vocal.


            A voz é flexível e podemos fazer diversos ajustes, dependendo da situação, os padrões vocais são conhecidos como psicodinâmica vocal e confere diferentes impressões vocais. Porém, é importante que o profissional saiba usar os recursos vocais sem cometer abusos ou mau uso vocal que causam alterações nas pregas vocais.


            A alteração na qualidade vocal é conhecida como disfonia e é um sintoma de problemas no processo de produção vocal. Podem ser resultantes de abuso vocal ou de alterações na estrutura das pregas vocais. As lesões mais comuns são os nódulos vocais, cistos intracordais, edemas e fendas glóticas.


            Recentemente foi divulgado nas mídias o afastamento da atriz Juliana Paes, devido ao cisto nas pregas vocais, para que seja realizado o tratamento e evitado o uso vocal excessivo que poderia agravar o quadro.

          

  Entenda mais sobre as lesões mais comuns nas pregas vocais:

  • Nódulos – lesões pequenas, esbranquiçadas, geradas pelo aumento das fibras de colágeno devido ao abuso vocal.

  • Cistos intracordais – alteração na estrutura da prega vocal localizado na parte mais interna.

  • Edemas – inchaço da prega vocal que pode relacionar-se com demais lesões e ao tabagismo

  • Fendas glóticas – caracterizadas pelo fechamento incompleto das pregas vocais interferindo no controle respiratório e na qualidade vocal, que tende ser soprosa.

       

A intervenção fonoaudiológica não é realizada somente quando há lesão nas pregas vocais, mas também quando há o desejo de aperfeiçoar a voz e as habilidades comunicativas e para preservar a saúde vocal.

 

Cuidados com a voz


            Para manter a saúde vocal, alguns cuidados são necessários:

  • ingerir água regularmente,

  • manter uma alimentação saudável,

  • dar preferência por alimentos em temperatura ambiente,

  • manter a postura corporal ereta durante a fala,

  • utilizar roupas confortáveis,

  • evitar falar alto, gritar ou pigarrear,

  • evitar falar enquanto pratica  atividade física,                            

  • evitar competição sonora,

  • ter momentos de repouso vocal durante o dia,

  • evitar o fumo, drogas e bebidas alcóolicas, assim como mudança brusca de temperatura com o uso de ar condicionado,

  • evitar falar fino ou grosso demais,

  • ter uma articulação de fala ampla.


"Fique atento à sua voz, se estiver rouco por mais de 15 dias consulte o otorrinolaringologista e/ou o fonoaudiólogo."

Referências

Rodrigues G, Vieira VP, Behlau M. Saúde vocal: profissionais da voz. Disponível em: https://www.hcrp.usp.br/sitehc/upload/saudevocal.pdf. Acesso em 18 de setembro de 2018.

Silva MAA. Voz profissional: novas perspectivas de atuação. Distúrbios da comunicação. 1999; 10(2): 177-92.

Braga JN, Oliveira DSF, Atherino CCT, Schott TCA, Silva JC. Nódulos vocais: análise anátomo – funcional. Rev CEFAC. 2006; 8(2): 223-9.

Barata LF, Madazio G, Behlau M, Brasil O. Análise vocal e laríngea na hipótese diagnóstica de nódulos e cistos. Rev Soc Bras Fonoaudiol. 2010;15(3):349-54.

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